Quimera Energética ou Agnis


Figurativamente ou em linguagem popular mais ampla, o termo quimera alude a qualquer composição fantástica, absurda ou monstruosa, constituída de elementos disparatados ou incongruentes, significando também utopia. A palavra quimera, por derivação de sentido, significa também o produto da imaginação, um sonho ou fantasia.
Mas esta figura mitológica ou ideia mágica veio mais tarde a baptizar algumas situações da vida real em qualquer um dos 3 corpos essenciais da nossa existência.
Mais do que uma vez áreas da psicologia/psiquiatria utilizaram a ideia figurativa e fantasiosa da quimera para catalogar comportamentos humanos, tendo em Freud um excelente exemplo do uso desta ideia inclusive quando nos caracteriza sexualmente como quimeras que são ternas e agressivas ao mesmo tempo e no mesmo segundo.
Já na área da ciência em geral, especialmente na zoologia, o quimerismo é o nome que se dá a um animal que tem duas ou mais populações de células geneticamente distintas que teve origem em diferentes zigotos; se as diferentes células surgiram a partir do mesmo zigoto, é chamado de mosaicismo. O quimerismo em humanos acontece quando dois óvulos fecundados se fundem antes do quarto dia de gestação, misturando as informações genéticas sem que o indivíduo sofra grandes mutações. Se a fusão entre os óvulos ocorrer após o quarto dia, eles produzirão gémeos xifópagos (siameses). Dentro dos quatro dias de gestação, se os óvulos fecundados forem do mesmo sexo, o indivíduo nascerá perfeito. Se os óvulos forem de sexos diferentes, o indivíduo nascerá hermafrodita. Nos casos onde os óvulos eram do mesmo sexo, o indivíduo, que não apresentava nenhum tipo de deformidade, pôde viver sua vida inteira sem se dar conta de sua característica incomum, talvez por isso haja tão poucos casos registados.
No corpo energético é também possível a criação de quimeras energéticas ou Agnis, ligadas ou não ao quimerismo físico, que podem de uma forma geral serem descritas como as raras situações em que a encarnação (efectuada entre a 16ª e a 20ª semana de gestação) é feita simultaneamente por duas entidades energéticas distintas sem que uma ou outra exista em detrimento ou saia directamente prejudicada dando-se um ‘habitar’ consensual.
Uma pessoa com a disposição energética de quimera ou Agnis poderá facilmente ser detectada após visualização da estrutura aúrica e movimento energético ao constatar-se que possui uma parte dos chakras em dobro, especialmente os chakras principais. É especialmente notório nos chakras base, sexual e cardíaco muitas vezes confundindo o terapeuta quando os chakras duplos se encontram bastante energizados fazendo-os passar por chakras de expansão. No fundo trata-se de dois códigos energéticos distintos que podem ou não funcionar em uníssono.
Terapeutas de Reiki, PRana Bhakti, radiestesistas, radiónicos, terapeutas energéticos, entre outros, encontrarão imensa dificuldade na análise e tratamento destes casos raros e só uma análise cuidada e que se previna da existência destes casos poderá iluminar e eliminar estas dificuldades. O tratamento muitas vezes funciona como um tratamento bipartido como se se tratasse de duas pessoas completamente diferentes (é vulgar e útil baptizar as duas energias em conjunto com o paciente de forma a que se consiga estabelecer um elo mais concreto).
Na vida do dia-a-dia estas quimeras energéticas ou Agnis passam por um mau bocado, são dotadas de uma capacidade de auto-adoração e auto-destruição simultânea, constantemente lutam consigo mesmas à procura de quem são no íntimo mas tendo a plena consciência desta dualidade… sentindo que sofrem por um problema a dobrar pois sofrem no desenrolar deste e após a resolução do mesmo por este não estar inscrito em ambos os registos energéticos.
Decidi abordar este tema porque muitas vezes estes indivíduos são alvos de mentes menos desenvolvidas e alarmistas que dão mau uso ao seu próprio dom misturando-o com fábulas e contos do fantástico. É normal os Agnis serem perseguidos por pessoas que lhes afirmam ver ‘encostos’, seres malignos, ‘amarrações’ e outros nomes que só de escrever dá comichão.
Como costumo dizer quanto aos médicos, aos bruxos e aos amigos: se não gostas do que ouviste procura segunda opinião!
Este é um tema deveras complicado de tratar devido à sua raridade e particularidades especiais. Por outro lado a quase inexistência de dados sobre estes casos no domínio público leva-nos muitas vezes a ponderar se além de o nome ser mítico não será também a sua existência um outro mito?
Não! (eu conheço cinco casos entre os meus pacientes destes anos de trabalho)
São seres deliciosos mas extremamente difíceis de tratar e de lidar por estarem em constante descrédito do mundo, de si próprios, em constante sensação de sofrimento e com uma tendência para construirem traumas psicológicos com facilidade.