MAPA MUNDI e a mentira [c/ Video]
A grande maioria das pessoas não faz a mínima ideia que a forma visual que tem do mundo e dos seus territórios e mapas está completamente errada e manipulada. Muitos alegam ter-se tratado de uma ‘necessidade’ lógica para permitir facilidade de visualização, mas outros esfregam na cara da sociedade que esta mentira é propositada… em que ficamos?
Fica a INCÓGNITA!
Na era da informação a ignorância é uma escolha e para aqueles que pretendem saber mais decidi presentear-vos com este pequeno artigo elucidativo que acompanha o vídeo exclusivo do nosso Canal Portugal Místico, que pertence à rubrica INCÓGNITA.
Representar uma esfera em duas dimensões é não só matematicamente impossível como um trabalho tão complexo que gerou erros, tendências e… conveniências. Pegar no nosso belo planeta e planificar em mapa responde exactamente a tudo isto!
O mapa mundi é baseado na projecção Mercator e é o Mapa do Mundo aceite e distribuído, mais do que isso é o mapa utilizado para ensinar os habitantes do globo de uma forma completamente errada salientando pontos completamente errados e levando a conclusões defeituosas da percepção do planeta.
A projecção de Mercator foi apresentada em 1569 pelo cosmógrafo e cartógrafo flamengo Gerard de Kremer ou Cremer (em latim, Gerardus Mercator), através de um grande planisfério medindo 250cm x 128cm, constituído por dezoito folhas, impressas separadamente. Tal como em todas as projecções cilíndricas, os meridianos e paralelos são representados por segmentos de recta perpendiculares entre si, e os meridianos são paralelos. Essa geometria faz com que a superfície da Terra seja deformada na direcção leste-oeste, tanto mais quanto maior for a latitude.
Na projecção de Mercator, o espaço geográfico entre os meridianos adjacentes aumenta com a longitude, de modo que a deformação (na direcção sul-leste) é acompanhada por idêntica deformação na direcção norte-sul. Como consequência, a escala do projecto aumenta também com a latitude, tornando-se infinita nos pólos, o que impede a sua representação. Tratando-se de uma projecção conforme, a escala não varia com a direcção e os ângulos são conservados em torno de todos os pontos. Em particular, as áreas são fortemente afectadas, transmitindo uma imagem irreal da geometria do planeta.
Por exemplo, a Gronelândia é representada com uma área idêntica à da África, embora ela seja, na realidade, muito menor e a este fenómeno cartográfico chamou-se o ‘Problema Gronelândia’. Não será difícil ver o quão conveniente é este ‘problema’ onde de forma psicológica e subliminar as áreas de dominação colonial aparecem francamente reduzidas comparando com as áreas de poder dominante (Europa). Tudo isto permite dar uma imagem do mundo onde a Europa é o centro e parece bem maior do que na realidade é. Este eurocentrismo cartográfico acaba por beneficiar indirectamente a posição americana perante o mundo de igual forma.
Sabia que na realidade o hemisfério norte possui 18.9 milhões de milhas quadradas enquanto o hemisfério sul possui 38.6 milhões de milhas quadradas? Compare com a realidade cartográfica que conhece à esquerda!
Sabia que a Europa possui apenas 3.8 milhões de milhas quadradas enquanto a América do Sul chega aos 7 milhões de milhas quadradas? Consegue ver que o continente Sul Americano é duas vezes maior do que a Europa no seu mapa?
Compare agora a ex-União Soviética com o continente Africano e veja se o seu mapa consegue demonstrar a realidade: a África possui 11.6 milhões de milhas quadradas e a ex-USSR possui apenas 8.7 milhões de milhas quadradas…
Como curiosidade compare os reais 3.7 milhões de milhas quadradas da China emergente com os diminutos 0.8 milhões de milhas quadradas da Gronelândia neste mapa à direita aceite como correcto.
O nome e as explicações fornecidas por Mercator no seu planisfério Nova et Aucta Orbis Terrae Descriptio ad Usum Navigatium Emendate (“Nova e aumentada descrição da Terra, corrigida para uso em navegação”) mostram que este foi expressamente concebido para uso da navegação marítima. Embora o método de construção não seja conhecido, é provável que Mercator tenha utilizado um processo gráfico, transferindo alguns segmentos de loxodromia, previamente marcados num globo, para um círculo geográfico, e ajustando posteriormente o espaçamento entre paralelos de modo a que aqueles segmentos fossem representados por segmentos de recta. A projecção de Mercator constituiu um notável progresso na cartografia náutica do século XVI. Contudo, pode ter surgido antes de tempo, já que as limitações inerentes aos métodos de navegação então praticados impediam o seu uso efectivo. Dois problemas principais concorriam para tal: a impossibilidade de determinar a longitude no mar e o fato de se continuar a utilizar as direcções magnéticas indicadas pela bússola, em vez de usar as direcções geográficas. Só em meados do século XVIII, após a invenção do cronómetro marítimo (que possibilitou a determinação da longitude no mar) e o conhecimento da distribuição espacial da declinação magnética à superfície da Terra, a projecção de Mercator foi definitivamente adoptada pelos navegadores.