Nefertiti e a Alegria
Nefertiti, ou amuleto egípcio da alegria, é um amuleto comum nos dias que correm e nos mais variados formatos, desde pingentes, bustos de bolso ou autênticas estátuas como talismãs do lar.
Este é um dos mais usados amuletos de origem egípcia ao lado do olho de Horus e o símbolo de Ra.
Este amuleto, chamado “nefer” em honra da rainha egípcia, simboliza a beleza, a alegria, a bondade e o prazer. Geralmente estava feito de camélia e outras pedras semi-preciosas e para os egípcios representava a boa sorte, a juventude e proporcionava força física ao seu dono.
Sendo a esposa do faraó Akenaton, o faraó herege da Dinastia XVIII -que governou o Egipto desde 1354 a 1304 antes de Cristo-, Nefertiti foi uma mulher poderosa que passou à história como símbolo da beleza. O seu nome significa “a bela das belas” ou também “a beleza chegou”. Pelo ano de 1354 a. C, considerada Tebas uma cidade corrompida e ingovernável, Akenaton decide mudar a capital e escolhe um lugar rio abaixo a que chama Akenaton. Esta cidade, a primeira na história com um plano urbanístico global, demorou quatro anos a ser construída e apresentava uma rede de grandes ruas rectas, zonas verdes, palácios e um magnífico templo em honra de Aton. Ali nasceu Tutankamon em 1352 a. C, único filho e herdeiro de Akenaton. Um ano mais tarde, o faraó repudia Nefertiti, algo inaudito na época, e desposa uma das suas irmãs, Meritaten. Pouco se sabe da vida da rainha desde então, salvo que viveu no chamado castelo norte da cidade durante os restantes cinco anos de vida do faraó, que deve ter morrido envenenado pelo ano de 1334 a.C Tinham decorrido dezassete anos de reinado.
É considerada a possibilidade de que Nefertiti actuasse como regente durante a primeira época do reinado de Tutankamon, que então só contava com nove anos de idade. Acredita-se que Nefertiti pode ter morrido em Aketaton durante uma epidemia. A múmia da rainha não foi encontrada até ao momento. Existe um belo busto de Nefertiti, realizado em cal policromado, no Staatliche Museum de Berlín. A obra mantém-se em perfeito estado, depois de três mil anos. O busto foi descoberto em 1912 nas ruínas de Tel-el-Amarna, a capital criada por Akenaton.